O que é Dispensacionalismo? Entenda as Eras do Plano de Deus

Se você já ouviu falar em "Arrebatamento antes da Tribulação" ou na distinção entre "Israel e a Igreja", você já teve contato com o Dispensacionalismo. Mas o que exatamente é esse sistema teológico e como ele organiza a história bíblica?

Neste artigo do Teologia do Fim, vamos desvendar as engrenagens desse método de interpretação que revolucionou a escatologia moderna.

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1. A Definição de Dispensação

O termo vem do grego oikonomia, que significa "administração" ou "gerenciamento de uma casa". No contexto teológico, uma dispensação é um período de tempo em que Deus revela uma responsabilidade específica ao homem, testando sua obediência sob essa revelação.

O dispensacionalismo defende que Deus lidou com a humanidade de formas diferentes em épocas distintas, embora a salvação sempre tenha sido pela graça, mediante a fé.

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2. As Duas Colunas do Sistema

Para ser considerado dispensacionalista, o sistema se baseia em dois pilares fundamentais:

1. Hermenêutica Literal: A crença de que as profecias devem ser interpretadas literalmente, a menos que o texto indique claramente uma linguagem figurada. Se Deus prometeu uma terra específica a Israel, Ele cumprirá literalmente para a nação de Israel.

2. Distinção entre Israel e a Igreja: A Igreja não substitui Israel. Deus tem um plano para a Igreja (corpo de Cristo) e um plano futuro para a nação de Israel (restauração teocrática).

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3. As 7 Dispensações Clássicas

A maioria dos teólogos dispensacionalistas (seguindo a linha de C.I. Scofield) divide a história em sete períodos:

1. Inocência: Do Éden até a Queda.

2. Consciência: Da Queda até o Dilúvio.

3. Governo Humano: De Noé até a Torre de Babel.

4. Promessa (Patriarcal): De Abraão até o Êxodo.

5. Lei: Do Sinai até a Cruz de Cristo.

6. Graça (Igreja): Do Pentecostes até o Arrebatamento (o período em que vivemos).

7. Reino (Milênio): O reinado de 1.000 anos de Cristo na Terra.

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4. A Escatologia Dispensacionalista

Este sistema é o berço do Pré-tribulacionismo. A lógica é simples: se a Igreja e Israel são distintos, a "Grande Tribulação" (a 70ª semana de Daniel) é um período de tratamento de Deus com Israel. Portanto, a Igreja deve ser retirada (Arrebatamento) antes que esse período comece.

• Arrebatamento: Iminente e secreto para o mundo.

• Tribulação: 7 anos de juízo sobre a Terra.

• Segunda Vinda: Cristo volta com a Igreja para estabelecer o Reino.

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Conclusão: Por que estudar o Dispensacionalismo?

Mesmo que você não concorde com todos os pontos desse sistema, entendê-lo é fundamental para compreender a maior parte da literatura cristã contemporânea e os debates escatológicos atuais. O dispensacionalismo nos ajuda a ver a Bíblia como uma narrativa progressiva, onde Deus revela Sua glória através de diferentes etapas da história humana.

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Você se considera um dispensacionalista ou tende mais para a Teologia da Aliança? Como você divide os períodos bíblicos em seus estudos?

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